Querido Gabriel,
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Essa é a primeira carta que te escrevo. Quero contar um pouquinho como tem sido a nossa convivência para não esquecer depois dessa fase tão especial.
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Você é uma criança muito ligada a mim, e eu a você. Aliás, desde que nasceu é assim. Mas quero dizer que depois que comecei a trabalhar, isso não mudou. Continuamos tão grudados quanto antes. Quando a gente se encontra, você abre o sorriso mais lindo e iluminado que já vi na vida e me enche de alegria. Na maioria das vezes agarra o meu pescoço, me abraça forte e me baba... É tão gostoso.
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Você pede muito a minha atenção. Procuro te deixar mais independente às vezes, para brincar sozinho, se distrair, mas assim fica por pouco tempo. Logo reclama e pede colo ou me chama parar brincar.
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Eu ainda não te entendo bem. Você só tem um ano, não fala e a nossa comunicação fica comprometida. Já te ensinei a dizer não, você aprendeu a fazer o sinal com a cabeça, mas percebo que nem sempre sabe o que está dizendo.
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Quando chora, não sei se é a calça que está apertando, se prendeu o dedo, se está entediado ou se é pura manha. Fico preocupada e tento te acalmar (e a mim também).
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Quando o seu pai viaja, você dorme um pouco comigo, porque logo que adormece, te coloco no berço. É tão bom quando deita na cama e agarra meu pescoço como se fosse para eu não fugir. Sinto a sua respiração e vejo os minutos passarem... Meu anjinho, você fica em paz.
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Mas quero chamar a sua atenção para o seu pai, que te ama tanto. Ele cuida de você quase todas as manhãs, te dá a maioria dos banhos e é tão preocupado com a sua saúde e felicidade... Você precisa largar um pouco o pescoço da mamãe e curtir mais o papai. Quando estamos os três juntos, você só quer saber de mim. Isso não pode e nem é legal.
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Nós formamos a família mais linda do mundo. Você chegou para enriquecer as nossas vidas e tem feito isso com muita graça e amor.
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Meu menininho lindo, sensível, alegre e carinhoso.... A mamãe te ama.
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